Red (Mark Rothko) |
"(...) e, como é sabido, não admitia que o classificassem de "colorista".
No entanto, também disse, numa exposição, que a cor "era tudo o que ali estava mas que não (era) contra a linha. Se a utilizasse, ela não estaria à altura da claridade que (tinha) para dizer"
"Sem título" (José Gil)
José Gil fala de imagem suicidária, a propósito da pintura de Mark Rothko. A extrema depuração das formas (apenas rectângulos de cor) deveriam conduzir a um impasse, e a verdade é que o pintor se suicidou, em 1970.
Nunca estive diante duma das suas telas, mas custa-me a imaginar poder sentir, mesmo aos 45 cm aconselhados pelo pintor, uma sugestão de transcendência envolvente.
A linguagem destes quadros aproxima-se muito da música minimalista e da repetição de notas e de ritmos.
Estamos perante uma comunicação derrogativa, no limiar, talvez, da santidade.
É o problema da monotonia. Alguns amam-na. Mas quem a compreende?
Em sintonia, a chuva cai melancolicamente.
1 comentários:
sobre a ligação entre a música e a obra de Rothko existe uma composição excepcional do compositor americano da New York School, Morton Feldman, "Rothko Chapel, why patterns?".
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