Denis Diderot |
"É muito importante não confundir a cicuta com a
salsa, mas acreditar ou não em Deus não tem importância nenhuma."
(Carta de Diderot a Voltaire)
O grande homem da Enciclopédia pode ser acusado de
grosseira simplificação, ou o seu 'esprit' levou-o a preferir uma boa frase à
simples verdade?
Não foi por acaso que os discípulos revolucionários dos
Filósofos do século XVIII inventaram um culto à deusa da Razão. Na altura, o triunfalismo
iluminista não tinha tropeçado ainda nas suas
'pedras de escândalo' mais ignominiosas.
Por que motivo, pois, se a Razão podia explicar tudo
(Wittgenstein não tinha ainda
aconselhado ao silêncio os que insistem em perorar para além da Lógica), se
havia de manter uma hipótese "desnecessária", de acordo com uma célebre anedota:
"Como o cidadão Laplace apresentasse ao general
Bonaparte a primeira edição da sua 'Exposition du Système du monde', o general
disse-lhe: 'Newton falou em Deus no seu livro. Já percorri o vosso e não
encontrei esse nome uma só vez.' Ao que Laplace teria respondido (mas é um
equívoco): 'Cidadão primeiro Cônsul, não tive necessidade dessa
hipótese.'" (Hervé Faye)
Nem é preciso recordar que em nome de Deus se continua
hoje a matar para além do que seria concebível por uma simples confusão entre
plantas.
1 comentários:
Não há guerra mais criminosa que a religiosa.
Maria Helena
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