Teach the Controversy - Wired 12.10
Não há dúvida que, mais do que qualquer outro cientista, Darwin influenciou a nossa moderna noção de progresso, na esteira da sua evolução das espécies.
Que haja uma passagem dos organismos mais simples para os mais complexos, até chegar ao homem, horizonte até agora "inultrapassado" da Natureza, parece a própria evidência.
Decerto, essa evolução teve impasses e desvios e pode vir a ser objecto duma inversão completa (lembram-se do "Planeta dos Macacos"?). Tempos houve já em que esse famoso progresso a pouca distância esteve de se negar completamente.
Da natureza e das espécies para as outras áreas do conhecimento (o avatar histórico será o mais impressionante) é um passo que se dá, muito fácil e logicamente.
No entanto, o universo é a mais antiga matriz dessa ideia com a conversão do caos em ordem, motivo de todas as cosmogéneses religiosas. Até acabar na ideia do átomo e do "Legos" construtor da matéria e da vida.
No entanto, tudo isso prova mais do que é razoável.
Por exemplo, bastar-nos-ia admitir a teoria dos ciclos ou a do eterno retorno nitzscheano para o suposto progresso deixar de ser uma evidência...
Seria por isso prudente considerar a ideia do progresso no universo como a perspectiva antropocêntrica por excelência.
0 comentários:
Enviar um comentário