Em tempos e ritmos diferentes, noutros níveis, visíveis e invisíveis, a vida à minha volta, vinda de não se sabe onde e indo para onde não se sabe, nada perdendo pelo caminho, mas tudo destruindo e renovando.
A morte que avança, já a descoberto, na cama articulada, ou ainda velada na doença que em nosso corpo se vai urdindo, o embrião já formado no útero da grávida.
Posso imaginar tudo isto como minúsculos cursos de água convergindo para o grande estuário, ou como processos representados por números e gráficos, dando a ideia a quem os soubesse ler que estaria no controle de tudo, como num bloco operatório ou numa régie.
De facto, o mais difícil, o que é quase milagroso é escaparmos às redes que as palavras nos lançam, e com as quais nos capturam, como a peixes que perderam o largo.
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