Revi "Julia" (1977), de Fred Zinnermann.
Nunca Jane Fonda foi tão bela, nem a guerra um melhor cenário da amizade.
No meio dessa história surge um mexerico que lança uma suspeita torpe sobre a ligação dessas mulheres.
E poderíamos imaginar que hoje teríamos aqui os ingredientes para um "Brokeback Mountain" feminino. Não é razão para duvidarmos do testemunho de Lillian Helman.
Mas a verdade é que se pôs a funcionar nas nossas cabeças um delírio de interpretação (que passou a ser o senso comum), que vai para além dos factos e sempre no mesmo sentido.
É um desses dispositivos analisados por Foucault que, ao invés de nos proibir a palavra, nos obrigam a falar.
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