domingo, 13 de março de 2016

ORÁCULOS

Carl Jung (1875-1961)

Jung acreditava na existência dum inconsciente colectivo e em figurações ancestrais não hereditárias, mas "possíveis", os famosos arquétipos.

Este nível mais profundo explicaria a semelhança de alguns mitos primordiais em culturas diferentes.

Diz Deleuze que, segundo Freud, as três grandes ignorâncias do Inconsciente são o Não, a Morte e o Tempo. É o que nos permite, de facto, fazê-lo dizer tudo o que quisermos e nele encontrar motivo para tudo.

Não tendo a versatilidade, nem o valor psicológico da Teogonia que permitia que um grego perseguido por uma divindade pudesse ainda buscar a protecção de outra, tem a mesma função de moderar, através do mito, a paixão da liberdade.

Os arquétipos seriam então um recurso de última instância, quando falhasse a defesa das reminiscências pessoais.

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