Ludwig Wittgenstein (1889-1951)
À filosofia, segundo L. Wittgenstein, não caberia mais do que uma crítica da linguagem, e tudo o que não é linguagem não pode ser dito, nem pensado. As coisas que caem fora da linguagem são as que os Antigos chamaram de Metafísica e sobre o que construíram os seus mitos imorredouros.
Se o Mundo só é conhecido pela rede dum sistema, com uma estrutura lógica a ele adequada, mas exterior, a Física seria só aquilo de que podemos falar e o resto seria a mística.
Quais as implicações deste corte, deste dualismo à la Descartes que separa a lógica do resto? Primeiro haveria que saber por que mistério se adequariam os nossos sistemas ao Mundo. Porque funcionam. Mas talvez em Descartes encontremos, segundo Alain, uma resposta. Porque o Mundo não quer nada de nós e é-nos indiferente, a ordem, a vontade podem fazer o seu caminho. Racional, onde agora se lê lógico. A adequação seria não monadológica, mas a que existe entre a matéria e a forma que lhe empresta o espírito humano.
Mas se não se pode pensar o Metafísico, será que as perguntas que na sua ideia têm origem deixaram de ter sentido?
Aqui só temos a história dos factos e das ideias para infirmar a tese de LW. A lógica não é todo o pensamento, porque não somos apenas fabricantes de instrumentos. E é onde Descartes tem razão contra LW, ao abrir as paixões à Filosofia e à Ética. E não é porque estas escapam de algum modo à necessidade que pode existir a Ética?
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