Gilles Deleuze (1925/1995)
"A fórmula do fantasma é: do par sexuado ao pensamento por intermédio duma castração. Se é verdade que o pensador das profundezas é celibatário, e o pensador depressivo sonha com noivados perdidos, o pensador das superfícies é casado, ou pensa o "problema" do par."
"Logique du Sens" (Gilles Deleuze)
O fantasma não é uma acção nem uma paixão, mas "um resultado de acção e de paixão, quer dizer um puro acontecimento." (ibidem)
Não temos defesas contra esta análise desconstrutiva, a partir do momento em que o "modelo" funciona melhor sem o Sujeito, o que é, verdadeiramente, uma consequência coperniciana.
A relação do acontecimento castração com a linguagem não pode ser provada. Mas faz sentido.
Isso basta para incluir a psicanálise no conjunto dos sistemas "compreensivos", a par, por exemplo da economia política.
"(...) Freud tem razão em manter os direitos de realidade dos fantasmas, no momento mesmo em que reconhece estes como produtos que ultrapassam a realidade." (ibidem)
É o corpo então a âncora da realidade?
O vitalismo da doutrina é aqui mais do que patente, ao encontro dum Nietzsche, por exemplo.
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