"Já não amamos suficientemente a nossa clarividência quando a comunicamos"
(Nietzsche)
Não é uma daquelas afirmações reveladoras da incompreensível "ineficiência" da natureza? Pois todo o gregarismo e a própria ideia do animal social não parecem desmentir a possibilidade dessa clarividência?
É como se uma monstruosa pirâmide só existisse para permitir a excepção que faria do cume solitário o seu habitat, irrespirável para quase toda a espécie. Que modelo se adivinha por detrás dessa contemplação privilegiada? O da ostra.
Se a morbosidade é, no caso, representada pela pérola, esta, por causa do seu preço, é a 'verdadeira' finalidade do molusco...
Esta seria a maneira filistina, como diria Marx, de ver as coisas. Porque existe uma solução para este enorme desperdício, que é a de tornar os porcos apreciadores de pérolas.
0 comentários:
Enviar um comentário