quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O ESPÍRITO DO MUNDO EM CUECAS

Napoleão Bonaparte (1769/1821)

"Porque pensa ele, e quer que o pensem, aquilo que Napoleão exprimiu um dia da forma clássica que lhe era particular: "Tenho o direito de responder a todos os vossos queixumes com um eterno eu. Estou apartado de toda a gente, não aceito as condições de ninguém. Deveis submeter-vos a todas as minhas fantasias e achar muito simples que me dê semelhantes distracções." Foi o que ele disse à mulher, um dia em que ela tinha razões para duvidar da sua fidelidade."

"A Gaia Ciência" (Friederich Nietzsche)

Nietzsche fala da nobreza e da moral mais ousada que alguns homens se podem permitir.

Parece a "Origem das Espécies" aplicada à filosofia.

São passagens como esta que justificam o mau uso das suas ideias.
Mas não podemos descartar, sem mais, esta apologia da nobreza, da qual perdemos completamente a noção, por termos deixado de perceber até que ponto somos escravos de mil e uma sujeições, identificando-a, de forma simplista, à força nua.

Napoleão, o "espírito do mundo a cavalo", na expressão de Hegel, é, naquela cena doméstica, um eu verdadeiramente patético, que se toma por Napoleão.

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