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Lê-se na página oficial do Chile que "Junto à Austrália, em 2012 o Chile será o país de maior crescimento entre os 34 integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE), com uma expansão de 4%."
A chamada Escola de Chicago, de que Milton Freedman era o inspirador, para alguns terá todo o crédito da actual situação económica desse país que, depois do golpe de Pinochet, encontrou a situação de catástrofe social que aqueles doutrinários consideram a oportunidade de oiro para impor o seu modelo teórico. Ao contrário da democracia (era o caso do regime derrubado pela junta militar) que não oferece oportunidades (o masoquismo eleitoral é muito raro), a não ser as provocadas pelas catástrofes naturais ( ver o caso do furacão Katrina e o que aconteceu, por exemplo, à escola pública em New Orleans, como refere Naomi Klein), as ditaduras são o terreno mais favorável às experiências de alguns economistas, os quais, evidentemente, continuam a considerar-se os melhores democratas do mundo.
O Chile voltou ao crescimento à custa do retrocesso da justiça e do progresso na luta contra a desigualdade. O Estado social foi reduzido à porção côngrua, mas o país deixou de depender dos credores. A sua vantagem relativa depende, antes, do preço do cobre e, dizem, da sua parceria com a China.
O que os defensores da Escola de Chicago (e da 'doutrina do choque') querem dizer é que, para sobreviverem, as sociedades precisam duma desigualdade estrutural, sem a qual não funcionam (sem endividamento e ulterior colapso).
O princípio da igualdade é uma flor de retórica inscrita na constituição dos países democráticos, mas a que a 'struggle for life' não deixa grandes hipóteses. No mundo global, a desigualdade é mesmo uma arma comercial e económica.
Este foi o destino que traçaram também para Portugal os ideólogos do neo-darwinismo, travestidos de racionalismo económico.
A cultura da esquerda, enredada no 'economismo de última instância', não oferece, infelizmente, qualquer alternativa.
1 comentários:
Que post da treta é esse afinal? O Chile cresce a 4% por causa dos efeitos da teoria neoliberal? A China não tem escola alguma de Chicago e e cresce o dobro! O Brasil teve que arrefecer a economia devido ao crescimento rápido e à inflação. Quer mais exemplos? Índia, Austrália países do sudeste asiático... Que diabo de agumento mais torpe! Pense home. Passar de 1 para 2 é um crescimento de 100% e é relativamente fácil de alcançar. Passar de 20 para 21 parece o mesmo em termos de números absolutos mas não deixa de ser um mísero crescimento de 5%. Quando se começa do nada é outra coisa. Mas se quer tem o expoente neoliberal da mesma época (Thatcher e Reagan) em dois países desenvolvidos: UK e EUA: A QUANTO CRESCEM CARAÇAS???!!!! Ás vezes alucino com a "varadas" que o pessoal publica pela Net! Não há pachorra!
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