"Mlle. de Chevreuse tinha só beleza, daquela de que se sacia uma pessoa, quando não é acompanhada. Tinha só espírito para aquele que amava; mas como não amava por muito tempo, também não parecia, por muito tempo, que tivesse espírito."
"Memórias do Cardeal de Retz"
Retz devia estar melhor colocado do que ninguém para testemunhar do espírito da filha da Duquesa de Chevreuse, uma das figuras-chave da Fronda.
Como amante preterido, podíamos suspeitar naquelas palavras algum fumo de despeito.
De qualquer modo, aquilo que aqui se chama de espírito, e que seria um dos condimentos do amor, é qualquer coisa de que os Franceses guardam o segredo, como dessa outra palavra que define uma estratégia sexual de outros tempos: galanteria.
Seria um ridículo paradoxo ver nesta moral do século XVII o indício duma subordinação social da mulher.
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