"Porque, dizia eu para comigo, é a nossa constante loucura supor que o universo quer e não quer, promete, ameaça ou perdoa. Não consentimos em recusar todo o pensamento a um cão ou a um gato, quando é claramente do nosso dever recusar todo o pensamento a um homem embriagado ou a um homem irritado."
"Entretiens au bord de la mer" (Alain)
Aqui se desenha, talvez, a verdadeira ética e aquilo de que recusaria descer a honestidade intelectual.
Mas a falta de coragem das meias-tintas, do pensamento automático e, paradoxo dos paradoxos, dum inconsciente que pensaria por nós e sem o nosso consentimento, fizeram-nos extraviar dos caminhos ensolarados.
E que futuro não poderia ser esse, se honrássemos com o nome de espírito apenas a essência da essência?
Mas tudo se prova. Por isso Alain diz que é o nosso dever.
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