Fiama Hasse Pais Brandão |
com a chávena e a minha mão que são
o mesmo pedaço de calcário."
(Fiama: "Canto da chávena de chá")
Será o 'chá da tarde' uma dessas coisas inúteis de que fala Zhuang Zi? E, claro, a própria palavra chá não é indiferente para quem pensa no que é o chá...
Depois, há aquele parapeito donde avistamos a semelhança do calcário. Mas o poema não evoca em nós a morte e a passagem do tempo com a mais ténue sombra de nostalgia. É o momento, mas não a passagem. Dir-se-ia tratar-se antes de uma reconciliação sem margens para o espírito inquieto.
O 'chá da tarde' é um mito pensado e saboreado. Real.
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