quinta-feira, 17 de outubro de 2013

DE CRISE EM CRISE

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"Segundo o director do FEEF, Klaus Regling, citado numa nota hoje divulgada, a extensão das maturidades concedida a Irlanda e Portugal “irá reduzir as suas necessidades de refinanciamento no período pós-programa” de assistência e “irá aumentar a confiança dos actores dos mercados, protegendo assim Irlanda e Portugal de riscos de refinanciamento”.
Jornal Púbico de 24/6/13 (Lusa)

Palavras, sem dúvida. Assim, o jovem Hamlet se dirige ao velho Polonius que em vez da sabedoria da sua grande idade não tem mais do que a 'maturidade' do príncipe (se como o caranguejo pudesse andar para trás).

As palavras levaram uma grande volta. Não é indiferente que a palavra maturidade seja associada aos prazos da dívida. Tal como a publicidade que 'assujeitou' a poesia e a arte em geral, desvalorizando-as, como fazem os elevadores ou os telefones com a música clássica, a "Economia", mais subrepticiamente, vai convertendo as nossas vidas na narrativa do défice. As crises do sistema são a nova incarnação do destino, o que nos distrai, passavelmente, da realidade...

 

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