"O travesti oriental não copia a Mulher, significa-a: não se gruda ao seu modelo, destaca-se do seu significado. A Feminilidade é dada a ler, não a ver: translação, não transgressão; o signo passa do grande papel feminino ao quinquagenário pai de família: é o mesmo homem, mas onde começa a metáfora?"
"L'empire des signes" (Roland Barthes)
A pulsão fotográfica que acompanha a caricatura do turista nipónico não é a continuação da leitura, desta vez aplicada ao seu próprio exotismo?
Quando pensamos no maior sucesso de Sophia Coppola e na felicidade do seu título, um único comentário assoma: o de que o corpo e as emoções, tais como os entendemos, se tenham fatalmente de perder na tradução. Porque a única tradução fiel é escrever, anular-se no jogo da linguagem.
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