Jean Cocteau |
"Ce que le public te reproche, cultive-le; c'est toi."
Jean Cocteau
que foi traduzido em americano (Kahneman) assim: “What is being held against you – cultivate it, it is your essence.”
Ora está à vista de todos que houve aqui uma extensão indevida de um público específico para o indeterminado. Compreende-se o que o poeta e cineasta quis dizer. O público do cinema e do teatro que Cocteau conhecia só podia ser retardatário em relação ao trabalho de um inovador.
Essa compreensão já não existe, se passarmos a aplicar a frase a um universo indefinido. O que censuramos aos outros pode não ter nada a ver com a sua "essência". É assim que a divisão entre vícios e virtudes se justifica. Se o que nos recriminam fosse sempre a nossa própria natureza, como poderíamos estar em falta?
Claro que isto nada tem a ver com a necessidade "dogmática" (no bom sentido) de reprimir o que segundo a lei é um crime.
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