sexta-feira, 19 de abril de 2013

QUANDO PANÇA SE PÕE A PENSAR

Madrid (Plaza de España)

 

 

Quando Sancho pára a pensar em como há-de sair do aperto, na aldeia de Toboso, quando o amo o manda em embaixada a uma Dulcineia sem par que nenhum deles conhece, não reflecte como um simplório, mas como um ser dotado da razão que irmana todos os homens.

Ao escolher a primeira campónia, montada no seu burrico, que lhe surge no caminho, para contentar um espírito que em tudo vê artifício de encantadores que por todos os meios o perseguem, sabe que com um tal critério (o dos encantamentos) não há gato que não possa passar por lebre.

O discurso de alguns políticos faz de Sancho Pança o mais racional dos homens.

 

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