segunda-feira, 15 de abril de 2013

CAIS DE BRUMAS

 

 

Um desertor encontra no Havre uma órfã desencaminhada, de magníficos olhos verdes (Michèle Morgan).

E sempre a bruma, donde saem os gritos dum assassínio e em que um pintor se suicida por não conseguir pintar a árvore por detrás das árvores. A bruma que cobre o corpo baleado do soldado que pede um último beijo, porque "on est pressé".

Jean Gabin, de mãos nos bolsos, tem um andar operário e não podia ser menos romântico.

É por isso que as palavras de amor nele parecem raios sobre a planície.

 

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