Arthur Schopenhauer |
"Imaginai um instante que o acto da geração não
fosse nem uma necessidade nem uma volúpia, mas um assunto de reflexão pura e de
razão: poderia a espécie humana ainda subsistir?"
(Schopenhauer)
Mais difícil ainda de imaginar é como foi possível criar pela pura
dialéctica da natureza um dispositivo tão 'providencial' para garantir a
sobrevivência das espécies. São os mais propensos à volúpia que vencem essa
luta pela vida?
Em qualquer caso, temos aqui a melhor imagem da
'instrumentalização' humana. Fosse ele o mais descrente e o mais misantropo dos
homens, seria 'levado' neste jogo da natureza. Por causa disso,
não há misantropia consequente.
Kant timbrou a célebre 'astúcia da razão'. E podíamos,
atrás do hegelianismo, conceber uma razão imanente que seria outro modo de
reentronizar o Criador.
O 'instinto genésico' remete-nos, de qualquer modo, para
a posição da criatura.
Só que a demografia no nosso país, por exemplo, conta uma
outra história que já não é a do triunfo da vida, tal como a conhecemos.
Em
que novas malhas estamos metidos?
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