"Aprende como se vivesses sempre, vive como se
morresses amanhã."
(Mahatma Gandhi)
Há mais do que uma 'sede' de saber ou um vício de
pedantismo na primeira injunção? Diz-se que o 'saber não ocupa lugar', mas isso
não é uma razão para aprender.
Embora os testemunhos da época nos falem da vontade de
Sócrates de aprender a tocar cítara já com a sentença de morte anunciada (seria
ele pedagogo até ao fim?), o mais natural é que a consciência da brevidade da vida seja fatal
ao desejo de aprender.
Aquele conselho de Gandhi (e de tantos outros) visa
contrariar esse efeito e, no fundo, a encorajar-nos a viver, porque desde o
primeiro dia de consciência precisamos dessa coragem. O saber, neste sentido, é uma oração.
Sócrates disse tudo quanto à presunção de sabermos de facto.
O segundo conselho é, talvez, a verdadeira sabedoria.
Exorta-nos a valorizar o momento que passa, sem que a morte seja o terror que é
para quase todos, porque é ela que dá o valor ao momento que passa.
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