segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A PELE COMO PARADIGMA





"Pode-se então, agora, reconhecer distintamente no termo da Idade Média essas duas fases da revolução intelectual: a declaração de falência da dialéctica escolástica, imediatamente seguida duma mudança de orientação verdadeiramente coperniciana, para o objecto imediato. Ou, por outros termos, é uma mudança que vai do Platonismo ao Positivismo, da linguagem de Deus à linguagem das coisas."
"Les Somnambules" (Hermann Broch)

Depois de se abrirem os poros à experiência sensível, que o novo cepticismo permitiu, é como se o órgão do conhecimento deixasse de ser o cérebro, com o seu modelo de integração "a priori", para passar a ser a pele. O "interface" sem centro, nem perspectiva.

O céu das ideias explodiu e aproxima-se, cada vez mais, da "res extensa" cartesiana.

O que nos leva a dizer que haverá um ponto de viragem é que estão em vias de construção os neurónios de um novo cérebro.

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