"Não tinha ele dito que no momento mais alto de um homem não havia nem bem nem mal, mas somente a fé ou a dúvida?"
"O Homem Sem Qualidades" (Robert Musil)
O hábito ou o exemplo decidem do bem e do mal, na maior parte dos casos. A consciência vigilante é devoradora de energia e, algumas vezes, de bom senso. Não se pode viver assim, sem regressar à forma de cada um.
Sabendo disso, alguns líderes políticos 'cavalgam' o entusiasmo popular ("o meu reino por um cavalo!", dizia o Ricardo III do poeta inglês) para melhor o reconduzirem ao estábulo.
Mas há, de facto, momentos em que não há nada nos hábitos nem nos exemplos que nos ajude. Ora, o que são o bem e o mal quando temos de pensar nisso? É como dizia Agostinho a propósito do tempo. Eu sei o que é o tempo, mas se me perguntarem o que é, vão-se-me todas as certezas.
Ficam a fé e a dúvida, como no exemplo de Ágata, em Musil.
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