quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O SENTIDO DA ARTE



"Em todo o sofrimento, emoção, paixão, há um estádio em que isso pertence ao próprio homem no que ele tem de mais individual e de mais inexprimível e um estádio em que tal pertence à arte."
(Albert Camus)

Porque se atingiu o limite antes do entorpecimento ou do hábito e a arte seria uma espécie de contemplação desse extremo?

Ocorre-me, evidentemente, a teoria de Freud sobre a sublimação ou a ideia estóica e cartesiana do domínio das paixões (e do desvio dessa força para um fim útil ou aprovado pela moral).

Camus vai mais longe. É-nos sugerido, em vez do 'upgrade' moralizador, a oportunidade de um conhecimento distanciador de nós mesmos, através da arte.

Não se trata de dar expressão ao inexprimível no próprio homem. Mas de compreender o sentido universal nas forças que o sujeitam.

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