"Em todo o sofrimento, emoção, paixão, há um estádio em que isso pertence ao próprio homem no que ele tem de mais individual e de mais inexprimível e um estádio em que tal pertence à arte."
(Albert Camus)
Porque se atingiu o limite antes do entorpecimento ou do hábito e a arte seria uma espécie de contemplação desse extremo?
Ocorre-me, evidentemente, a teoria de Freud sobre a sublimação ou a ideia estóica e cartesiana do domínio das paixões (e do desvio dessa força para um fim útil ou aprovado pela moral).
Camus vai mais longe. É-nos sugerido, em vez do 'upgrade' moralizador, a oportunidade de um conhecimento distanciador de nós mesmos, através da arte.
Não se trata de dar expressão ao inexprimível no próprio homem. Mas de compreender o sentido universal nas forças que o sujeitam.
0 comentários:
Enviar um comentário