sábado, 25 de julho de 2015

PARADOXOS CONTEMPLATIVOS

Voltaire: Écrasez l' Infâme!

"Uma união nunca é contemplativa, ela é sempre, e pela sua própria natureza, organizadora num sentido absoluto. Ignora, sem dúvida, que o fundador da ordem dos Iluminados, que durante algum tempo se confundiu com a franco-maçonaria, era um antigo membro da Companhia de Jesus?"

"A Montanha mágica" (Thomas Mann)

O duelo de palavras entre o jesuíta e o mação prossegue, sempre renhido, como acontece sempre que o mesmo sangue corre nas veias.

Ao grito de "écrasez l'Infâme!" de Settembrini, respondem os sarcasmos de Naphta contra esse padre da razão progressista.

Mas não podemos estar senão de acordo com a teoria da união. As comunidades de monges na Idade Média tiveram um papel económico e cultural que sem a organização não existiria.

A contemplação deve ler-se aqui como uma estratégia da acção colectiva.

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