" Um farmacêutico de Angers, físico de profissão e alquimista, de nome Proust, propõe a arma química (para exterminar a Vendeia) que consistiria em 'um fermento próprio para tornar mortal o ar de uma região inteira.'"
("O Livro Negro da Revolução Francesa")
A separação da Igreja e do Estado foi um progresso incomensurável. Mas não foi definitivo, porque um partido pode tornar-se tão fanático como a religião, e é o que se vê no exemplo citado.
Em grande parte dos países muçulmanos esse passo não foi dado e isso é, certamente, incompatível com a democracia, tal como a entendemos. Mas se a definirmos como a vontade da maioria, tal já não é o caso. Pelo que o maior progresso não foi o de dar voz à maioria, mas o de proteger a liberdade, isto é, as vozes minoritárias.
O fanatismo é uma espécie de febre que atinge a sociedade doente. A maioria nele inspirada deixa rapidamente de ser maioria, quando os espíritos assentam. A confusão entre o Estado e o poder clerical é, portanto, uma ditadura simplesmente adiada, que se fará sentir logo que baixe a 'febre'.
O farmacêutico de Angers só estava um pouco mais febril do que os outros, e a sua ideia 'não teve pernas para andar'.
O ditador da Síria, que não sabemos ao certo se já recorreu ou vai recorrer ao mesmo método para se livrar da sua 'Vendeia', não tem a desculpa da alta temperatura.
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