"De mortuis nihil nisi bonum.
Diógenes Laércio
Os mortos deixaram de discutir e de cometer erros. Não se vergam já para o chão sob o peso da idade e na estranheza da morte.
O esquecimento ( como o Letes ) lava-os das últimas imagens que uma câmara indiscreta deles nos deixou.
Apenas o que nos faz viver guardamos deles e é o melhor das suas vidas.
Em certo sentido, subiram ao céu dos deuses Lares, como estátuas de sereno semblante que podemos invocar dentro de nós, a toda a hora.
Como dizia Alain, tudo nesta religião natural é verdadeiro.
E, contudo, não há factos, apenas poesia e sentimento.
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