"Magnolia"
No vertiginoso exercício de acções paralelas em "Magnolia" (1999-P.T.Andersen), há uma ideia recorrente: nada daquilo acontece por acaso. Todas essas histórias estão ligadas entre si.
A um pai implacável que vemos moribundo (Jason Robards), corresponde um filho (Tom Cruise, numa impressionante composição) cuja paranóia machista no palco de "Seduce and Destroy" é como que a caricatura desse progenitor que abandonou os seus e deixou morrer a mulher sozinha.
Nesses destinos encadeados, há pouco lugar para a esperança, mesmo se a última imagem do polícia ingénuo nos conforta um pouco.
A cena central da noite em que, como numa praga bíblica, caem sapos do céu, partindo vidros e empapando as ruas, condena todas as personagens a um patético desespero.
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