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"'Devolver o governo ao povo' tornou-se um eufemismo conveniente para impor a desregulação da indústria, menos impostos para as empresas e cortes nos serviços sociais e nos programas de apoio aos trabalhadores pobres e aos que se encontram encurralados abaixo da linha de pobreza."
"The End of Work" (Jeremy Rifkin)
Rifkin publicou o seu livro há 18 anos. Podemos hoje ver que por detrás do 'eufemismo' havia, sobretudo, uma doutrina errada. A desregulação levou ao completo desequilíbrio do sistema capitalista e à 'necessidade' de salvar os bancos responsáveis, que pretenderem tirar partido de uma moda demasiado confortável para a situação de cada decisor (e dos seus conselheiros) para ser posta em causa pela simples prudência ou pela pura honestidade.
No final de contas, os 'bancos' e os especuladores alargaram o seu domínio sobre os povos e o estado-nação, por causa do que foi preciso fazer para salvar a economia do desastre total. A igualdade que se gosta de atribuir ao mercado (só compra e só (se) vende quem quer) e a justiça que atribui um castigo à medida do crime não prevalecem no mundo deste poder que já nada tem a ver com a economia real e que fez do Estado o seu 'croupier'.
No tempo em que Rifkin escreveu o seu livro, os trabalhadores através dos fundos de pensões já eram a terceira força de investimento no país, superando os activos de toda a banca comercial nos EUA. Hoje, depois do golpe da desregulação e da crise a que deu lugar, essa riqueza está a mudar de mãos, e os trabalhadores têm ainda menos a dizer do que antes. Tudo para bem do progresso e económico e do governo do povo para o povo e pelo povo.
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