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"O mal não é um problema abstracto que é preciso resolver, mas um trágico confronto do qual temos de sair vencedores."
(Friedrich Nietzsche)
Não estou certo de que um problema 'abstracto' (por exemplo, os da física teórica?) não possa ser ocasião de uma tragédia, nestes tempos cibernéticos. Na imagem do grande cérebro que a 'rede' configura, extensão protésica segundo a ideia de McLuhan, a abstracção é imediatamente eficaz.
Por outro lado, não é a maior parte dos confrontos que ameaçam a vida uma questão pré-filosófica, de vida e de morte, e, até certo ponto independentes da moral? Poderia, assim, reduzir-se a essência do bem à luta darwiniana pela sobrevivência.
Não é só a 'metafísica' e a transcendência que caem na esfera dos problemas 'abstractos' e, portanto, tornados indiferentes à moral 'superior', é a natureza do 'herói da vontade' que é remetida para o instinto.
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