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"É que o ritual ignora as subjectividades e só conhece a exactidão da 'praxis' (o exegeta tem de admitir que aquilo que encontra para lá desse limite é precisamente o essencial do sacrifício; G. von Rad)"
Paul Ricoeur in "A Simbólica do Mal"
O ritual seria então a forma que substitui o trágico, e que permite, ao mesmo tempo, a unidade do diverso incomparável. O tempo subjectivo acerta-se pelo tempo comum do ritual.
A origem pode ser religiosa, mas a política e a vida social não deixaram de adaptar um recurso tão essencial à preservação do espírito religioso, partidário ou familiar. O ritual tem algumas das funções do hábito que sabemos como é relevante para a eficácia 'produtiva'.
A contrapartida dessas vantagens é a descolagem desse espírito que devia preservar, para se tornar num fim em si mesmo. É o que significa dizer a propósito de algumas actividades ou organizações que a vida nelas se tornou "num ritual".
É claro que o céptico tem tendência a só ter olhos para a "praxis". E certos rituais parecem demasiado estranhos às mentes superficiais, mesmo quando sabem que a psiquiatria lida frequentemente com o fenómeno.
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