domingo, 15 de dezembro de 2013

O DESACERTO DO TEMPO

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Na mundanidade há uma coisa que nos seduz a todos, homens sem fé: a precipitação numa ordem exterior, aceite universalmente. Preenchemos de tal maneira o tempo que ele nos falta para o essencial. Mas o essencial reduz o tempo a nada, à relação lógica sem significado para a verdadeira vida.

É surpreendente a capacidade da tecnologia para abolir as diferenças, quando aparentemente é um processo multiplicador. A afirmação marxiana de que o pensamento reflecte as condições de existência tem aqui a prova fulgurante na velocidade com que mudam as habituais referências e na mentalidade infantil do homem de hoje que a espelha.

Incapaz de pensar a mudança, segue o movimento fascinado, alienando uma parte cada vez maior da sua responsabilidade.

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