"O seu médico observa que ele (Mao) nem sequer lavava os órgãos digitais: 'Eu limpo-me no corpo das mulheres.'"
"Femmes de Dictateurs" (Diane Ducret)
Eis o último estádio da divinização ou 'culto da personalidade'. O objecto deste culto, coerentemente, pode considerar ambrósia (o alimento dos deuses) todas as suas excreções.
Os erros monumentais de Mao Tse Tung vêm desse parapeito que fizeram para ele e donde julga ver mais do que todos os seus súbditos juntos. Apesar disso, estou certo de que a História o julgará com os olhos vesgos da grande política. Como certos bancos, o líder que apaixonou, nos anos setenta, a 'inteligentsia' europeia, é demasiado grande para 'falir', isto é, para ser mostrado como realmente foi.
É possível 'engolir' uma mentira deste tamanho? É, porque a história de Mao passou à qualidade mitológica que é um chapéu para as mais diferentes cabeças.
E, afinal de contas, talvez seja essa a maneira menos traumática de o enterrar e esquecer, continuando a servir os superiores interesses do 'estado proletário'.
Compreende-se que o grande terror seja o de uma nova 'Glasnost' idealizada por um ingénuo maior do que o outro.
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