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"Desde Marx sabemos que a força propulsionadora que mergulha a modernidade na aparente progressiva historicidade é baseada na aliança entre capital e ciência. Ao mesmo tempo somos forçados a distinguir mais acutilantemente entre a continuação ('Fortgang') e o progresso ('Fortschritt') a que chamamos...mal."
"Crítica da Razão Cínica" (Peter Sloterdijk)
O antigo império chinês fornece-nos um exemplo da 'continuação' que, pela sua natureza, não seria "um fenómeno de energia, como uma posição numa polaridade natural", como diz Sloterdijk (porque "o Diabo não só é um evolucionista, como é também um nominalista.").
É pois o movimento (o "progresso") que levanta a questão da natureza dessa força divergente e do seu sentido. Mas é verdade que a 'continuidade' pode significar um mal entranhado. "A Revolução na continuidade" já foi um moto conotado com o mal do imobilismo político. E a partir dessa 'diabolização', a situação tornou-se 'polar', disponível para o jogo político ou para o fenómeno 'energético'.
Não sabemos se a força de que aqui se fala, representada pela ciência e pela tecnologia, podia ser tão 'eficazmente' explorada fora da aliança com o capitalismo. Dizer que não o poderia ter sido nas condições do Império do Meio, não parece falho de senso.
Mas o ponto é que parece não estar no nosso espírito, nem nas nossas mãos, dominar e definir eticamente um fenómeno que se nos apresenta como uma necessidade tão exterior como a Natureza na filosofia antiga. Nem sequer podemos conceber o que nos acontece com a distância da astronomia...
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