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" Dominada pelos modelos marxistas e dos 'Annales', durante muito tempo a historiografia portuguesa remeteu a biografia - e a história política - para um pequeno nicho."
("Salazar", Filipe Ribeiro de Meneses)
Quando é a Razão que 'escreve' a história, o individual e o particular não explicam nada. Por muito que se preze a 'acção' do herói, ele não faz mais do que está escrito. Foi contra essa ideia de fatalismo (a coberto da vontade de inverter a 'situação de facto') que, no filme de Lean, Lawrence 'prova' que 'nada está escrito. Na verdade, tratava-se de uma demonstração temporária, até o mesmo homem que o inglês salvara de morrer no deserto cair, finalmente, sob o cutelo da letra...
Mas o prazer de penetrar a ambiguidade do acontecimento histórico através de uma 'chave' (neste caso, idealista, porque é isso, no fundo, o materialismo dialéctico que Hegel teria apresentado 'de cabeça para baixo') acaba rapidamente na repetição 'ad infinitum' e na irrelevância histórica da pura abstracção.
Regressámos, pois, à história 'ideológica', em última análise, a do poder e a dos vencedores, também a dos vivos, em relação a todas as vítimas. Com isto, nada ficou mais claro (não há ciência histórica), mas deixou-se de propagar uma mentira 'certificada'.
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