quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

HAJA CORAGEM!

Thomas Friedman

 

"Creio que a história registará que foi o capitalismo chinês que pôs fim ao socialismo europeu."

(Thomas Friedman)

Esta crença parecerá absurda à ortodoxia. Esta nunca reconhecerá que a Europa tivesse alguma vez sido 'socialista'. Pelo contrário, os novos costumes da China, que bastava mudarem de coordenadas geográficas para merecerem o epíteto de 'capitalistas', serão sempre 'socialistas'.

O nominalismo filosófico tem aqui um exemplo perfeitamente actualizado. A ideia é a única realidade, por isso os factos nunca a podem contradizer: "Mais do que nunca é preciso denunciar aqui, fiéis ao nosso nominalismo integral, o perigo da tentação idealista: o historiador deve ter cuidado em nunca sobrestimar a qualidade lógica das suas hipóteses, não mais (...) do que a dos seus conceitos."

(Marrou, "Connaissance historique", 1954; in Larousse)

Se deixarmos os 'nomes' de lado, devia ser evidente que o nível de vida europeu (um dos critérios deste sendo a protecção social e os direitos humanos) teria de sofrer com a entrada de países como a China na economia global.

Mas há ainda quem fale em coragem ou na falta dela a propósito das consequências daquele facto...

 

 

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