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"A verdade não é uma virtude, mas uma paixão. Daí que ela não seja nunca caridosa."
(Albert Camus)
O que é simbolizado no episódio do 'Génesis' sobre o fruto proibido. É a paixão (a curiosidade, princípio do conhecimento) que move Eva. Não podemos esperar que seja inteiramente racional, ou que a razão não se encontre ao seu serviço.
Hoje é natural pensar-se que a cornucópia de benefícios que decorrem do desenvolvimento da ciência justifica amplamente que nela depositemos as nossas esperanças. Mas a verdade é que nunca poderemos saber o que significou para a humanidade o outro prato da balança. De qualquer modo, continuamos a 'sofrer' o processo científico-tecnológico como uma força independente, quase incontrolável, que vai moldando as nossas sociedades, para o bem e para o mal.
A compaixão não está nas suas leis, nem na sua dinâmica. O homem que procura a 'verdade', ou que julga possuí-la é quase sempre implacável. Em grupo, isso leva a toda a espécie de fanatismo.
Por isso, a virtude só, porque procura o bem, ou a verdade moral, pode ser superior ao que é justo segundo a lei, ou verdadeiro, segundo os factos.
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