terça-feira, 15 de julho de 2014

OS TRÊS SEXOS

O jovem Nietzsche

"(...) quase se poderia falar de uma antinomia natural entre o amor e a fidelidade do homem: o amor do homem sendo desejo de possuir e não abandono, renúncia, e o desejo de possuir cessando com a posse...
Se o amor do homem persiste é de facto porque o seu desejo é suficientemente fino e suficientemente prudente para não se confessar, a não ser rara e tardiamente, que "possui"; é mesmo possível então que esse amor cresça depois do dom da mulher: ele não se confessa facilmente que ela não tem mais nada para lhe dar."

"A Gaia Ciência" (Friederich Nietzsche)


Pensamento mais do que indigesto ao nosso tempo, em que o amor, com pequenas nuances, deve ser, como os direitos, igual para ambos os sexos.

A revolução sexual, não foi tanto uma "libertação" nos costumes, como a invalidação da ideia tradicional de que há uma divisão natural de tarefas entre os sexos (não necessariamente doméstica).

Por força disso, quase se poderia dizer que em vez de dois, passou a haver três sexos: o homem, a mulher e a mãe.

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