"The wind" (1927-Victor Sjöström)
O vento, no belo filme de Victor Sjöström, é omnipresente e simboliza todas essas forças que ameaçam a frágil existência.
O próprio desejo, quando vemos as botas de Lige, na noite de núpcias, dum lado para o outro, como uma fera enjaulada, num breve plano é associado ao vento que levanta a poeira do deserto.
É inesquecível o rosto de Lillian Gish, nessa cena. Parece, contra a literatura do amor, fazer a pergunta de toda a inocência castigada: que mal fiz eu?
Só no final, Lige conquista a forma humana, como se se descolasse do bloco de mármore da violência e, com Letty, diante da porta aberta ao vento rugidor, ambos transformam em luz a tempestade.
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