"Na mentalidade primitiva aparecem o sujeito como existente e o verbo ser como activo e transitivo. O mundo para o primitivo nunca é dado, mas é como uma esfera anónima que se parece muito com o anonimato angustiante da existência ainda não assumida por um sujeito."
"Lévy-Bruhl et la philosophie contemporaine" (Emmanuel Lévinas)
O sujeito constrói-se e redimensiona o mundo. É uma experiência de todos o efeito que produzem em nós os lugares da infância, as casas e as ruas como as sentíamos confusamente, ainda não decididamente objectivas e mensuráveis, quando, como adultos, voltamos a vê-las e a percorrê-las.
Podia-se falar aqui no efeito de Lilliput. Como Gulliver, temos o ponto de vista do gigante.
E é claro que essa indistinção do mundo podia ser angustiante por não sabermos pô-lo à distância.
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