"Ah, o facto de não te teres apercebido de nada", aqui ela pareceu hesitar por um instante - "o facto de não te teres apercebido de nada é o estranho do estranho. É o mistério do mistério."
"A fera na selva" (Henry James)
Marcher não adivinha nos silêncios de May o que ela não lhe podia dizer (que o amava). Mas o que estava para acontecer, o destino que ele esperava e que ela concebera como um filho, já tinha acontecido.
E Marcher sem compreender ainda, sempre à espera que o grande perigo desse um sentido à sua vida e que, por isso, tinha que se lhe dar a conhecer.
É a melhor ilustração da ideia de que se pode falhar a vida, por não nos precavermos contra o tempo, que a certa altura nos falta, e por adormecermos no hábito que amamos sempre de mais.
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