Niklas Luhmann |
"Luhmann constrói o seu argumento segundo o princípio de que aquilo que não é controlável não existe verdadeiramente."
(Ulrich Beck)
Isso não faz com que o 'déspotismo esclarecido' ou o 'estado totalitário' confiram mais realidade à existência de tudo aquilo que controlam.
A razão é que a ditadura e o sistema militar ou burocrático são 'simplificações' radicais da sociedade política. São a forma mais 'natural' de reduzir uma complexidade que inviabiliza qualquer tipo de controlo.
O 'regulamento' impõe um simulacro de ordem necessária à comunicação. É o destino de todas as revoluções, pois começam pela destruição do aparato invisível que mantém a possibilidade de haver comunicação e controlo dos desenvolvimentos.
A Revolução Francesa é o melhor exemplo do descontrolo revolucionário pois levou à guilhotina os principais protagonistas e os seus 'pais fundadores'.
Pior do que a própria injustiça é o caos, que como pensava o sociólogo alemão é uma espécie de não-existência que nega até o sentido da própria justiça, revolucionária ou não.
Os 'engenheiros sociais' não são mais competentes, nesta matéria, do que o primeiro que aparece. Infelizmente, o exemplo do pequeno escravo do 'Menon' não funciona aqui. Não existe uma 'luz natural'.
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