segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ÓRBITA INESPERADA


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"(…) a objectividade da ciência natural e social não se baseia num estado de espírito imparcial nos cientistas, mas apenas no próprio carácter público e competitivo do empreendimento científico e, assim, em alguns dos seus aspectos sociais."

"O mito do contexto" (Karl Popper)


Por um lado, o conhecimento científico nunca é subjectivo ou controlado individualmente (se Einstein tivesse guardado a sua teoria na gaveta). Passa-se quanto a esse conhecimento o que se passa com a língua. Ela é comunicação e não se compreenderia o absoluto solilóquio.

Por outro, o problema da verdade separa-se das suas origens metafísicas e torna-se uma espécie de acordo sobre o conhecimento. A verdade engendra o erro e o erro a verdade, se considerarmos a história das ciências como um processo.

A comunicação está, pois, no centro do conhecimento científico. Foi, aliás, o extraordinário desenvolvimento das comunicações, no nosso tempo, que fez entrar a ciência em órbitas inesperadas, também percorridas por outros planetas que se julgavam fazer parte de outra galáxia.


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