segunda-feira, 5 de março de 2007

A POESIA DO SER


Sófocles (496?AC/406AC)

"Não compreenderá isto facilmente quem, nos momentos de caos e agitação da vida em que todas as formas parecem dissolver-se, não tiver estendido a mão para este guia, a fim de encontrar de novo o equilíbrio interior por meio da acção de alguns versos de Sófocles."

"Paidéia" (Werner Jaeger)


Podemos dominar o tumulto interior pelo vazio, considerando todo e qualquer pensamento como um arrepio da brisa na água tranquila, podemos fazer cessar o monólogo connosco mesmos, anulando a linguagem como produtora de sentido, repetindo os mil nomes da divindade, conforme algumas religiões do Oriente.

Mas um verso, lapidado como um diamante e trazido até nós por uma teoria de admiradores, permite-nos pensar, com todas as luzes acesas.

E é o que convém ao génio activo que herdámos dos Gregos.

"A medida que se experimenta no acorde e no ritmo é que é o princípio do ser para Sófocles. É o piedoso reconhecimento de uma justiça que habita as próprias coisas e cuja compreensão é o sinal da mais perfeita maturidade." (ibidem)

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