quarta-feira, 28 de junho de 2006

GERAÇÕES


www.infed.org/biblio/lifecourse_development.htm

"É justamente para preservar o que é novo e revolucionário em cada criança que a educação deve ser conservadora."

Hannah Arendt ("A Crise na Educação")


Arendt diz também que o tempo que destrói o mundo criado pelo homem é o que torna suicidário o conservadorismo em política.

Mas não há contradição.

Os velhos não podem salvar o seu mundo, senão transmitindo-o, tal como o receberam e moldaram (para o que têm também de o proteger dos "bárbaros"), na esperança de que o que começa com os novos, a acção dos recém-chegados possa regenerar, com novas forças e novos pensamentos, esse mundo ameaçado, como tudo o que é temporário.

Portanto, a ideia duma educação revolucionária é ditatorial e perigosa para a espécie. Significa a tentativa de blindar o futuro (como o fazem os estatutos de algumas associações) e de usurpar a missão dos que nasceram depois de nós.

Por mais proféticos que sejam alguns velhos não podem imaginar sequer o mundo que há-de vir.

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