segunda-feira, 27 de junho de 2011

A ACELERAÇÃO DA HISTÓRIA

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“A história, acelerando-se, abriu o fosso entre o homem e o real, entre o homem e o homem.”

Michel Meyer (“Les Rhétoriques du XXe siècle”)



A principal causa dessa aceleração parece ser o desenvolvimento da tecnologia. A imprensa, e electricidade ou o computador anularam a distância e multiplicaram os contactos de forma exponencial.

Para o observador de Sírius, a certa altura, a colmeia humana começou a fazer um zumbido ensurdecedor, e os movimentos, de tão rápidos, deixaram de apresentar as formas individuais. Assim nos surge uma auto-estrada cheia de traços de luz em vez de carros, em algumas fotografias com pouca luz e velocidade do obturador mais baixa. É como se estivéssemos em vias de construir uma outra integração e um novo ser.

Isto parece contradizer a ideia do fosso, mas o real nunca foi o não-humano (estivemos sempre dentro da “nuvem” humana) e a única distância é a de homem para homem, com aceleração ou sem ela.

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