sábado, 10 de abril de 2010

CADMUS


Cadmus


"Há no texto escrito, quer se trate do tablete de argila, do mármore, do papiro ou do pergaminho, de um osso gravado, de um rolo ou de um livro, uma máxima de autoridade (...)"

"Les Logocrates" (George Steiner)


Digamos que o escrito tem já sobre o diálogo mental connosco mesmos a " autoridade" do objectivo, do que se fixa e permanece, escapando ao destino desses pensamentos cuja meteorologia nos impede de continuar o quer que seja, devendo nós, como Sísifo recomeçar tudo de novo.

Um dente de dragão, como na lenda de Cadmus, ou uma pirâmide impõem-se na linha do horizonte, até o momento em que, de tão preenchida, essa linha deixa de aparecer. O escrito da era digital encontrou uma outra espécie de volatilidade que lhe alienou muito da sua "auctoritas".

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