Franz Rosenzweig (1886/1929)
"Na obra de Rosenzweig, os momentos abstractos do tempo - passado, presente, futuro - são desformalizados; não se trata mais do tempo, forma vazia em que há três dimensões formais. O passado é a Criação. Como se Rosenzweig dissesse: para pensar concretamente o passado, é preciso pensar a Criação. Ou o futuro, e a Redenção; o presente é a Revelação."
"Entre nous" (Emmanuel Lévinas)
Podemos pensar o tempo como um movimento diferencial, ou como uma forma abstracta, tal como é medido pelo relógio.
Mas como é que as nossas vidas se inscrevem aí? O passado de cada um não é nada de formal. Tem flutuações, intensidades, lapsos e, talvez, uma direcção no sentido da morte.
Pensar concretamente o tempo há-de contemplar não só a passagem da vida, mas essa direcção para a transcendência.
E podemos ver como isto se assemelha a uma narrativa, condensada, por exemplo, no mito da Criação e da Redenção.
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