segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

OS NOVOS ARRANHA-CÉUS


http://www.stats.uwaterloo.ca/~cgsmall/trance.jpg


Um programa da BBC revela-nos a existência de mundos paralelos.

O Big Bang não foi então o princípio de tudo. Como poderia sê-lo? Era preciso explicar o que existia antes da grande explosão, os agora chamados universos paralelos.

As revelações não ficam por aqui. Em vez de ser constituído por partículas, temos um universo de cordas com diferentes amplitudes, como na música, e das três ou quatro dimensões passamos para nada menos de que 11.

Três cientistas, numa hora do comboio para Londres, onde iam ver a peça "Copenhague" de Michael Frayn, sobre uma outra disputa entre cientistas, afinaram o modo como tudo isto poderia encaixar.

Enfim, porque parece que é possível construir um modelo matemático para esta complicação de mundos.

Era sabido que a ciência deixou há muito de ser compreendida pelo senso comum, o que é uma consequência de ser cada vez mais abstracta. Não há limite para o que podemos descobrir com instrumentos cada vez mais independentes da forma humana.

O custo desse progresso é estarmos a criar um mundo onde nos sentimos cada vez mais estranhos e dispensáveis.

Esse paradoxo é patente na arbitrariedade aparente de mais uma teoria sobre a origem do universo e, no fundo, sobre a nossa própria origem.

Felizmente que a matemática pode validar a coerência interna dum sistema, mas não a sua existência.

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