quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O ESPÍRITO DIPLOMÁTICO


Karl Polanyi (1886-1964)


"Nesses anos, sempre que Karl (Polanyi) discutia política, lembrava-me de uma velha história do mais notável diplomata de Napoleão, Talleyrand, que, ao saber da morte de um seu colega, considerou apenas: 'Só gostava de saber o que ele quis dizer com isso.'"

"Memórias de um economista" (Peter Drucker)


Na diplomacia nada é o que parece, pela necessidade de se evitarem os movimentos vivos ou deixar transparecer o humor, por causa das interpretações indesejáveis. O diplomata deve ser por isso esfíngico, o que, no fundo, é fazer o tempo jogar o papel mais importante.

O dito de Talleyrand é o espírito da diplomacia levado ao extremo. A natureza (a morte) é o contrário da diplomacia, é contra ela que essa arte se exerce. E não há melhor ilustração do "tudo é político", isto é, tudo tem um significado e tem de estar em vez de outra coisa (a verdade).

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